Única solução para muitos, estudar à noite, no Brasil, tem sido sinônimo de (grande) atraso curricular

Publicado em: 09 / 04 / 2016
Com a correria do dia a dia e a necessidade de trabalhar para manter a vida funcionando, para muitas pessoas, o único jeito de conseguir evoluir profissionalmente é estudar à noite.
Mas como será que anda a qualidade do ensino noturno no Brasil?
Segundo análise do Instituto Ayrton Senna (a respeito do desempenho dos alunos do Ensino Médio que estudam no referido período), péssima.
O Instituto tomou por base os números da Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), que revelou que a performance daqueles que estudam no chamado terceiro turno é equivalente a um ano e meio de atraso em relação ao nível apresentado pelos que se instruem durante o dia. A ANEB é parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), tem como foco as gestões dos sistemas educacionais e é realizada nas Redes de Ensino, por amostragem, em cada unidade da Federação.
Se você já pensou aí que o problema deve-se ao nível de atenção dos alunos, que ao chegarem à sala de aula já estão cansados de um dia inteiro de atividades e não rendem como poderiam, não está totalmente errado, mas o que vamos abordar aqui é falta de condições dos docentes que lecionam no período da noite.
Segundo um levantamento feito pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a qualificação dos professores é um dos principais fatores que impactam na qualidade do ensino. Muitos dos que dão aulas à noite são responsáveis por disciplinas diferentes daquela em que se formaram.
Outro problema - ainda segundo o Cenpec - é que de cada 10 educadores atuantes no período noturno, 4 têm carga de trabalho elevada. Transformando em porcentagem, significa dizer que 42% desse grupo de docentes atendem até 400 alunos, distribuídos em dois turnos e em até duas escolas diferentes.
A tradução dos números para efeito de desempenho é o que mais assusta: hoje, no Brasil, aqueles que cursam o Ensino Médio à noite estão tão atrasados em relação ao nível dos que estudam durante o dia que é como se - em termos de conteúdo curricular - os que estão prestes a se formar no terceiro ano do 2º Grau ainda estivessem começando o segundo ano.
Diante disso, como encarar o vestibular?
Sensível ao problema, a Universila atua com firmeza para garantir a todos o acesso à Educação de qualidade.
[Fonte: Exame.com]
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