Procrastinação pode não ser total incapacidade de gerir o tempo, diz especialista

Você já deixou uma tarefa muito chata para realizar depois, no dia seguinte, semana que vem?

Claro que já, né? Todos nós já fizemos isso. E não tem nada de mais, afinal, tomar uma decisão depois de ter um tempo para pensar nela é bem saudável e – na grande maioria das vezes – muito assertivo.


O problema da chamada procrastinação é quando ela começa a acontecer com alguma frequência e acaba por impactar na saúde física e mental do indivíduo.

 

“É o atraso de um ato voluntário, que ocorre apesar de sabermos que ele vai nos prejudicar”, contou Timothy A. Pychyl, professor de Psicologia na Carleton University, no Canadá, em seu livro, “Solving the Procrastination Puzzle” (em tradução livre para o português, “Solucionando o quebra-cabeça da procrastinação”, ainda sem edição por aqui).


Segundo o professor, o hábito de “empurrar com a barriga” não está ligado ao cansaço nem à total incapacidade de administrar a agenda pessoal, como muitos de nós podemos pensar.

 

“A procrastinação constante é uma inabilidade para gerenciar emoções e impulsos”, explica ele, que sabe o que diz, afinal estuda o assunto há mais de 20 anos.


Habilitado, “de cátedra”, para falar a respeito, o especialista recomenda que, ao menor sinal da presença de procrastinação, cada um nós trate de descobrir quais são os gatilhos psicológicos que levam ao nosso “depois eu faço” particular.


A providência em questão, segundo Pychyl, é determinante no período que precede o combate ao referido inimigo da produtividade.

 

Para encerrar, vamos te contar que pesquisas sobre o assunto já indicaram que cerca de 20% dos adultos são procrastinadores crônicos. Isso quer dizer que uma parcela significativa da população vive postergando o início ou o término de uma atividade.


Mesmo sabendo que tal comportamento vai gerar algum tipo de desconforto, como, por exemplo, estresse, arrependimento, frustração, ansiedade ou culpa. E mesmo já tendo vivenciado experiências negativas no âmbito dos estudos, da carreira e até dos relacionamentos por conta do hábito de postergar.


E então? Conta aqui para a gente...Você está nesses 20%?



[Fonte: Você S/A]